Nos últimos anos, o debate sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA), popularmente chamado de autismo, tem sido ampliado. Apesar do avanço na conscientização sobre essa condição, ainda existe muita dificuldade para o diagnóstico e para o tratamento dos pacientes.

Conhecer mais sobre o transtorno é o primeiro passo para ajudar crianças, adolescentes e até adultos afetados por ele. Em parceria com a OrienteMe, plataforma de terapia online e saúde emocional, nos unimos ao Abril Azul pelo esclarecimento sobre o tema do autismo.

Leia abaixo.

O que é o autismo?

O TEA está relacionado à comunicação e à interação social. Os sintomas podem se manifestar de diversas formas, sendo o comprometimento da fala um dos principais sintomas. Além disso, o pouco contato visual, os comportamentos repetitivos e a maior sensibilidade a luzes e sons são outras características.

O transtorno traz a palavra “espectro” porque pode apresentar sintomas mais leves ou severos, a depender do caso, e da amplitude da condição em cada paciente.

Segundo especialistas, os sinais do autismo começam a aparecer por volta dos três anos de idade. Em alguns casos excepcionais, podem ser diagnosticados por volta dos 18 meses, por um profissional especializado, como psiquiatra ou neurologista.

Há estudos que apontam que as causas do transtorno são majoritariamente genéticas. Ainda é possível relacionar outros fatores, como idade paterna avançada ou o uso do ácido valpróico na gravidez.

Qual o tratamento?

Após o diagnóstico correto pelo profissional de saúde, a pessoa com autismo deve ser encaminhada ao tratamento, que varia conforme o espectro.

Um dos mais recomendados pelos especialistas é a equoterapia, que utiliza a interação com os cavalos para criar vínculos de afeto e sociabilidade.

O uso de medicamentos também é uma alternativa. Isso, claro, deve ser feito com o acompanhamento contínuo de um médico neurologista, que vai prescrever a substância mais adequada a cada caso.

Outra opção comum de tratamento é o acompanhamento terapêutico. As sessões podem acontecer na própria casa do paciente, ou em outros espaços de convivência (escola, trabalho), permitindo  compartilhar vivências e viver momentos de muito aprendizado.

Como ajudar alguém com a condição?

Os parentes e amigos de pessoas com autismo podem ser apoio para que elas se desenvolvam e tenham uma vida social ativa. Para isso, a OrienteMe recomenda cinco dicas importantes:

  1. Manter uma rotina, já que a previsibilidade do dia ajuda a reduzir a ansiedade e permite que a pessoa com autismo tenha mais iniciativa e autonomia;
  2. Incentivar atividades lúdicas, por meio de jogos de mímicas, leituras ou interpretação de charges, por exemplo;
  3. Estimular atividades práticas, através do ensino de tarefas domésticas, orientação sobre o uso de algum aplicativo ou situação prática do dia a dia;
  4. Criar acomodações sensoriais, uma vez que a pessoa com autismo necessita de um espaço em casa para que ela se afaste e se acalme em situações de crise;
  5. Estimular a experimentar coisas novas. Pessoas com autismo gostam da previsibilidade, mas é importante apoiar a realização de novas atividades, hobbies e passeios em locais diferentes.

Com essas dicas, além do apoio, da compreensão e do respeito, é possível criar um ambiente acolhedor e desenvolvedor para a pessoa com autismo.

Em casos de dificuldade para lidar com sentimentos, emoções e desafios do dia a dia, o ideal é procurar a terapia para o paciente e para a sua rede de apoio. A OrienteMe tem uma rede especializada no autocuidado e na prevenção da saúde emocional. Busque um profissional e, sempre que necessário, peça ajuda.