No Brasil, o câncer de próstata é o segundo tumor mais frequente entre os homens, atrás apenas do câncer de pele. O Novembro Azul é o mês dedicado a mobilizar a sociedade para transformar a narrativa em torno da saúde dos homens e de pessoas com próstata.
Desinformação, estereótipos sociais e até vergonha levam muitos homens a evitar exames que teriam o potencial de identificar o câncer de próstata em estágios iniciais, quando as chances de tratamento bem-sucedido são altas.
Leia o texto abaixo para entender como é importante superar esses obstáculos para promover o cuidado com a próstata.
Entendendo a doença
O câncer de próstata é uma doença que afeta a glândula da próstata, que está localizada abaixo da bexiga e é responsável pela produção de espermatozoides. De forma geral, a doença se desenvolve lentamente e, nos estágios iniciais, não causa sintomas notáveis.
Isso significa que muitas pessoas podem estar com a doença sem sequer saberem. Essa natureza “silenciosa” é uma das razões pelas quais a detecção precoce é tão necessária.
À medida que o câncer de próstata progride, pode começar a exercer pressão sobre a uretra, o que leva a sintomas urinários como dificuldade em urinar, micção frequente, sangue na urina e dor.
Quem é afetado pelo câncer?
Além de homens cisgênero, qualquer pessoa que possua uma próstata – o que inclui mulheres trans, travestis e pessoas não-binárias – deve procurar orientação médica para se prevenir. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) relata que há um risco de 16% para o desenvolvimento de câncer na próstata em pessoas com essa glândula.
Homens a partir dos 50 anos devem conversar com seus médicos sobre exames regulares, como o toque retal e o exame de PSA (Antígeno Prostático Específico). Para aqueles com histórico familiar, essa conversa deve começar um pouco mais cedo, aos 45 anos.
O mesmo vale para mulheres trans, travestis e pessoas não-binárias, mesmo em caso de terapia hormonal. A terapia pode conter o desenvolvimento do órgão genital masculino, reduzindo os riscos de câncer, mas é fundamental manter exames de rotina. Em especial, o exame de PSA, que avalia uma amostra de sangue venoso para determinar se há tecido prostático benigno ou maligno.
Tecnologia e inovações médicas
A pesquisa médica está avançando a passos largos na luta contra o câncer de próstata, trazendo esperança e melhor qualidade de vida para os pacientes. Já é uma realidade o uso de robôs de radioterapia, plataformas de radiocirurgia e aparelhos de imagem tomográfica para a localização precisa e tratamento de tumores cancerígenos.
Outros destaques incluem:
Diagnóstico de precisão: Novos métodos de diagnóstico, como a ressonância magnética multiparamétrica, tornam mais fácil identificar a presença do câncer e sua gravidade.
Tratamentos personalizados: Terapias-alvo e imunoterapias estão se tornando mais comuns, proporcionando tratamentos mais eficazes com menos efeitos colaterais.
Cirurgias minimamente invasivas: Procedimentos cirúrgicos avançados, como a prostatectomia robótica, permitem uma recuperação mais rápida e menos desconforto pós-operatório.
Cuide do seu corpo!
Apesar de ser mais prevalente em idades avançadas, a prevenção do câncer de próstata deve começar ainda na juventude. Então, adotar um estilo de vida equilibrado e seguir medidas de prevenção é essencial.
Uma dieta rica em frutas, legumes, grãos integrais e proteínas magras é benéfica para a saúde geral e pode contribuir para a prevenção, assim como evitar o consumo excessivo de gorduras saturadas e processadas, álcool e tabagismo.
Outro fator importante é o sobrepeso, que já foi associado, em diferentes estudos, ao risco elevado do surgimento da doença. Para isso, a prática regular de exercícios ajuda a manter um peso corporal adequado.
Seu corpo merece o melhor cuidado, por isso não deixe para amanhã o que você pode fazer hoje. Ao combinar exames regulares com hábitos saudáveis, você estará fortalecendo sua defesa contra o câncer de próstata e garantindo uma vida mais plena e cheia de qualidade.