Com a chegada de outubro, os debates sobre o câncer de mama ganham destaque. O esforço para a conscientização tem motivo: esse continua sendo o tipo de câncer mais diagnosticado entre mulheres.
Aprofundar a abordagem do tema no Outubro Rosa é essencial para desmistificar crenças relacionadas à doença e efetivar um diagnóstico precoce, para que o câncer de mama não seja mais encarado como uma sentença de morte ou condição irreversível.
Ainda há muitos avanços a serem feitos em relação às informações compartilhadas sobre o assunto e ao nível de compreensão da população. Confira o texto para saber mais.
Só mulheres +50 podem ter câncer de mama?
O câncer de mama não é uma doença que afeta, exclusivamente, as mulheres com mais de 50 anos. O risco aumenta com o passar do tempo, mas mulheres de todas as idades devem se prevenir.
E não é apenas sobre faixa etária: pessoas trans também podem ser acometidas. Em homens trans, a mastectomia - remoção das mamas - não elimina, por completo, os riscos de desenvolvimento de câncer de mama. Segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia, isso ocorre devido à presença residual de tecido mamário e, quando há risco genético identificado, consultas periódicas são indicadas.
Já mulheres trans que fazem uso de hormônios durante muito tempo podem estar sujeitas ao aumento do risco de câncer na região mamária.
Causas e fatores de risco
A doença não possui uma causa única. Até porque há inúmeras variações de câncer de mama, cada uma com características distintas. As respostas aos tratamentos e a evolução da doença, por exemplo, podem diferir.
Desde tumores restritos à própria mama até aqueles que têm a capacidade de se espalhar para outros tecidos, a gama de manifestações é vasta. Além disso, alguns apresentam crescimento acelerado, enquanto outros se desenvolvem de maneira mais lenta.
Os fatores podem incluir aspectos comportamentais, genéticos, características da vida reprodutiva e até exposição à radiação ionizante. Assim como as causas, os sintomas também variam amplamente. Por isso, é fundamental que as mulheres conheçam suas mamas e estejam atentas a qualquer alteração para comunicar ao especialista.
Prevenção da mama: para além do autoexame
Mesmo sendo um aliado na detecção, o autoexame não substitui a mamografia. Como alguns tumores são pequenos demais para serem percebidos, isso pode gerar uma falsa sensação de segurança.
A mamografia ainda é a medida mais confiável, o principal método de rastreamento para diagnosticar o câncer de mama em suas fases iniciais, por meio de raios-X de baixa dose para criar imagens detalhadas das mamas.
O exame é recomendado como parte da rotina de cuidados de saúde das mulheres com mais de 40 anos, contribuindo para melhores resultados de tratamento e redução das taxas de mortalidade. Manter hábitos saudáveis de alimentação e atividade física regular também ajudam na prevenção.
Tratamento
O tratamento do câncer de mama é determinado tanto pelo tipo de tumor quanto pelo seu estágio de desenvolvimento. Com as inovações tecnológicas, o combate à doença avançou de diferentes maneiras: mamografia 3D, teste de líquidos biológicos, terapia-alvo, imunoterapia e nanotecnologia.
Novos medicamentos e cirurgias minimamente invasivas aumentam a eficácia dos tratamentos, melhorando a qualidade de vida das pacientes. Esses avanços continuam a oferecer esperança e melhores resultados.
Apesar de ainda ser um tema delicado, falar abertamente sobre o câncer de mama amplia o conhecimento e reduz o medo associado a essa doença que tem cura, tratamento e pode ser prevenida.
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