Apesar de não ser o tipo de câncer mais comum, cerca de 10 mil casos de leucemia são diagnosticados todos os anos no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. A cura está no transplante de medula óssea, através de um doador compatível.
Durante o Fevereiro Laranja, o tema é abordado para incentivar o cadastramento de doadores e conscientizar sobre a importância do diagnóstico da doença. Existem diferentes tipos de leucemia, que provocam variados níveis de déficit no tecido sanguíneo e nas células de defesa do corpo.
Saiba mais sobre o tema no texto.
Diagnóstico da leucemia
A leucemia é um tipo de câncer que provoca o acúmulo de células defeituosas na medula óssea, prejudicando ou impedindo a produção das células sanguíneas normais. Essas células são os leucócitos, responsáveis pela defesa do organismo. Isso significa que o corpo fica mais suscetível a infecções, anemias e hemorragias.
Os diferentes tipos de leucemia ocorrem com base na velocidade de evolução da doença, além de estarem relacionados aos diferentes leucócitos que atacam. Nesses casos, a doença relaciona-se também à idade, sendo mais presente em crianças, adultos ou idosos, a depender da característica.
Independentemente da faixa etária, os sintomas são similares: anemia, fadiga, falta de ar, palpitação, dor de cabeça, além de febre ou suores noturnos, perda de peso sem motivo aparente e desconforto abdominal.
O diagnóstico é feito através do hemograma, combinado a outros exames laboratoriais (bioquímica e coagulação). Um hematologista será o profissional indicado para fazer a confirmação do diagnóstico e encaminhar ao tratamento adequado.
Doação de medula óssea
Em casos de maior complexidade e em pacientes mais jovens, o transplante de medula óssea é recomendado pelos médicos.
Inicialmente, busca-se a compatibilidade da medula entre os parentes de primeiro grau. Caso não seja encontrado, uma amostra genética é redirecionada ao banco de medula, em que vários perfis de doadores são verificados até encontrar compatibilidade.
Por esse motivo, é importante que todas as pessoas saudáveis, entre 18 e 55 anos, sejam doadoras de medula óssea. É preciso apenas apresentar boas condições de saúde, não possuir doenças no sangue e se cadastrar em um hemocentro. O doador passa a fazer parte do Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea – REDOME e poderá salvar vidas.
Para as pessoas que não possuem a doença, uma das formas mais eficazes de prevenção é evitar o tabagismo. As substâncias presentes no cigarro podem contribuir para o desenvolvimento de alguns tumores, dentre eles a leucemia.
Ainda que seja uma doença que cause debilidade no organismo, se tratada de modo precoce, a leucemia traz muitas chances de cura.