Um ato que pode parecer inofensivo, mas traz diversas consequências negativas para quem o faz: fumar. Nas últimas décadas, muitas campanhas de conscientização têm abordado os malefícios causados pelo vício, mas esse ainda é um problema persistente. Principalmente, porque essa é uma prática que se remodela, sobretudo pelo uso dos cigarros eletrônicos, que passam a substituir o cigarro tradicional.

O resultado é que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o tabaco ainda mata mais de 8 milhões de pessoas por ano, incluindo os fumantes passivos, pessoas expostas indiretamente à fumaça do cigarro.

A atenção a essa questão deve ser constante, especialmente para evitar que crianças e adolescentes sejam expostos aos riscos e ao vício.

Confira no texto os motivos do vício e o que fazer para abandonar esse mal.

Qual a origem do vício?

Os cigarros tradicionais, industrializados, contêm nicotina, principal causadora da dependência. A substância, extraída do tabaco, é absorvida pelo organismo, chega ao cérebro e rapidamente é dissolvida no sangue.

Segundo especialistas, a nicotina causa mais dependência que outras drogas ilícitas, por isso é tão difícil abandonar o vício. E mesmo no caso dos dispositivos eletrônicos, vistos como alternativa ao cigarro tradicional, há aditivos com sabores, substâncias tóxicas e até a própria nicotina.

Além do aspecto viciante, a nicotina é prejudicial à medida que se dissemina pelo corpo, atingindo tecidos, pulmão e o cérebro, por exemplo. Até no caso das mulheres grávidas, a substância pode ser encontrada no leite materno e ser maléfica para o bebê.

Por que parar de fumar?

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), 443 pessoas morrem a cada dia por causa do tabagismo. Esse número elevado se dá ao fato de que a prática contribui para o desenvolvimento de diversos tipos de câncer, como leucemia, câncer de bexiga, pâncreas, fígado, colo do útero, esôfago, rim, laringe, faringe, boca, estômago, pulmão e outros.

Além dos riscos iminentes à saúde, outro aspecto a ser considerado é o impacto financeiro que o vício pode causar. Uma pesquisa do Centro Universitário Cesumar (Unicesumar), de Maringá (PR), apontou que um fumante pode gastar, na vida, o preço equivalente a uma casa ou um carro popular.

Outro aspecto a ser considerado é que abandonar o vício não é bom só para o fumante. A medida beneficia toda a família e a rede de convívio do indivíduo. São as pessoas que estão à volta do fumante que, além do incômodo gerado pela fumaça e o cheiro, também podem desenvolver doenças.

O Inca recomenda dois métodos para parar de fumar: a parada imediata, quando o fumante escolhe um determinado dia para parar e mantém essa decisão; ou a parada gradual, em que se pode reduzir o número de cigarros por dia ou retardar a hora do primeiro cigarro até que se deixe de fumar.

Ter uma rede de apoio é fundamental nesses casos, para lidar com os momentos de estresse e quando sentir vontade de fumar. Mas, em todos os casos, não é errado pedir ajuda. Buscar um profissional da saúde é a melhor alternativa para iniciar uma mudança de hábito rumo a uma vida mais saudável.