É possível viver bem com o diagnóstico da Aids?

01/12/2022

Entenda mais sobre a Aids

Nos anos 1980, nos Estados Unidos, surgiram os primeiros casos da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, a Aids. Até então, a doença não era conhecida pelos cientistas e foram necessários diversos anos para que fossem desenvolvidas as formas de tratamento e de prevenção do vírus HIV, causador da síndrome.

Após 40 anos, o Ministério da Saúde estima que cerca de 920 mil brasileiros vivem com HIV. Essas pessoas dispõem de medicamentos e de acompanhamento médico que proporcionam qualidade de vida.

O acesso à informação correta, sem preconceitos, ajuda a desmistificar a condição e proporciona a prevenção da doença. Entenda mais sobre a Aids e o vírus HIV.

O que é a Aids?

A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida é causada não só pela infecção do vírus HIV, mas pela fragilidade do sistema imunológico. É que essa condição facilita o aparecimento de doenças oportunistas.

Uma pessoa soropositiva, ou seja, que possui o vírus HIV, pode viver normalmente sem contrair a Aids. Desde que seja feito o acompanhamento médico correto, o paciente mantém uma taxa de vírus indetectável no corpo.

Nos primeiros casos de Aids reportados no mundo, os pacientes foram homens gays e outras pessoas LGBTQIAP+. Por isso, foi associada de maneira preconceituosa como uma “doença gay”, ligada ao estilo de vida e comportamentos homossexuais.

Contudo, hoje se sabe que a transmissão acontece através de relações sexuais sem preservativo ou uso de objetos cortantes (agulhas, seringas, alicates, entre outros) que sejam contaminados. No caso das mães que possuem a doença, a transmissão pode ocorrer durante a gravidez, o parto ou a amamentação

Ter contato sexual protegido, beijar ou apertar a mão de uma pessoa infectada não transmite a doença. Assim como dividir talheres, copos ou usar a mesma piscina não causam contaminação.

Como prevenir?

Além de evitar as situações já listadas, a prevenção do HIV/Aids consiste em uma testagem regular. Especialmente em casos de possível exposição ao vírus, como relações desprotegidas, o teste do HIV é recomendado.

No Brasil, os exames laboratoriais e testes rápidos podem detectar o vírus HIV no corpo em cerca de 30 minutos. Nas Unidades de Saúde, esses exames são realizados gratuitamente e, ainda, garantem o acompanhamento do paciente em casos positivos.

A infecção pelo HIV pode ser detectada em pelo menos 30 dias a contar da situação de risco. Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, maior eficácia tem o tratamento. Consequentemente, o paciente também garante qualidade de vida similar a uma pessoa não-soropositiva.

Paciente soropositivo e qualidade de vida

É direito de toda pessoa soropositiva ter acesso gratuito aos medicamentos antirretrovirais, que são aqueles que vão impedir a multiplicação do vírus HIV no organismo e que evitam o enfraquecimento do sistema imunológico.

Esses medicamentos podem garantir uma carga quase indetectável do vírus no organismo. No caso das pessoas com Aids, permite que elas vivam com saúde e qualidade de vida por muitos anos, diminuindo o número de internações e infecções por doenças oportunistas.

Em ambos os casos, as pessoas devem manter um estilo de vida saudável, com boa alimentação, prática de atividades físicas regulares e diminuição do consumo de bebida alcoólica. O HIV/Aids não é uma condição limitante.

E, para as pessoas que não têm o HIV/Aids, a dica é: entender sobre a doença; evitar a propagação de opiniões preconceituosas; e incentivar a testagem de amigos e parentes, para ajudar na promoção da saúde coletiva.

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